Meu amigo Santiago,
hoje acordei numa de admitir tudo que sempre omiti. Acho que será um dia de declarações, talvez um pouco tardias, mas será. Aliás, sempre implicava comigo mesma, quando a coragem faltava e hoje que a agarrei com as duas mãos, e ela não fugirá porque hoje eu não deixo...
A nossa amizade tem anos, muitos anos, impossíveis de se contar, mas devem de ser mais de dois ou três, talvez muitos mais, mas não importa o tempo, nunca demos importância a isso. Ainda te lembras dos nossos encontros? Eramos só eu e tu, eramos inseparáveis e incrívelmente estúpidos juntos. Acho que completavamos a estupidez um do outro... nunca percebi qual o mais estúpido. E por falar nisso, lembrei-me - aliás como em todos os outros dias - de cada abraço teu, de como o teu abraço me confortava; das nossas mãos juntinhas, dançando para trás e para a frente enquanto percorríamos as ruas do parque que no inverno era só nosso devido ao frio; das noites de verão, em que eu fugia pela janela do meu quarto, só para passarmos horas deitados no jardim das traseiras, embelezando a noite em silêncio... e dos nossos beijos na boca, esses anos intermináveis da nossa amizade tão forte, criou tantos laços, que beijos na boca eram apenas um acto de carinho e afecto, era uma maneira de estarmos mais ligados e sem pudores; afinal de contas, eramos um só.
Tu olhavas para mim, como a eterna confidente, melhor amiga, amiga inseparável; ou tudo o que quizeres-lhe chamar. Já tu para mim eras tudo isso, mas além disso, eras ainda o homem dos meus sonhos, o homem com quem eu queria passar o resto da vida, o pai dos meus filhos... Tudo jazia aí, o sentimento que nutríamos um pelo outro, sempre foi forte de mais para uma amizade, mas acho que nunca tão forte para um relacionamente, para um entregue total...
Naquele dia, posso jurar-te que o senti, senti aquele nosso beijo como uma despedida, aquele abraço foi como nunca tinha sido, demasiado quente, nossos corações juntaram-se nesse abraço e temi algo. Algo que nem eu nem tu esperavamos.
Cheguei a casa depois de mais um dia no trabalho, e teu pai ligou-me: "Ele deixou-nos Joaninha. Porquê? Porquê que ele partiu assim sem avisar?" e não precisou dizer mais nada para perceber o sucedido. Pousei o telefone, dirigi-me à varanda encostada à tua - onde todas as noites me desejavas boa noite com as mesmas palavras: "dorme bem docinho, bons sonhos." - e contemplei-a, esperando por um sinal teu, um sinal de que estivesses ali me desejando o mesmo, apenas com o silêncio a incomodar-nos.
O anjo que leva as minhas cartas até ti, acabou de chegar. Mas hoje, ele vai esperar mais um pouco, porque tenho algo a admitir, prometi a mim mesma que o faria hoje...
Eu AMO-TE! Já passaram dois anos desde o acidente, mas continuo a amar-te, nunca to disse, mas ficas a saber agora! Amo-te e um dia, irei ter contigo e seremos felizes aí, muito mais felizes do que quando estavas aqui, te prometo!
Mais uma vez, obrigada pela tua amizade eterna. Ficarei à espera da tua resposta que nunca chegou, mas um dia chegará, eu sei que sim... por enquanto o teu silêncio não me incomoda, pelo contrário; adoro-o!
Um beijo com carinho da tua eterna Joaninha
Esta gira a carta!
ResponderEliminar=)
bjs Marta
Esta mesmo lindo o texto....:D
ResponderEliminargostei:P
beijos
Soraia Araújo
Tenho a dizer que fiquei emocionada com este texto, esta tao lindo e perfeito,...
ResponderEliminar(':
Obrigada eu Juliana por os proporcionares estes teus sentimentos verdadeiros ^^
ResponderEliminarBeijinho
Adorei, Jú :)
ResponderEliminarEstá mesmo querido. Continua assim, principessa! :)
Beijinho.
RitaSilva
simplesmente demais!!
ResponderEliminaradoro os teus textos prima!!
ja es uma das minhas autoras preferidas ;D
bjs
Deixa me ates o teu porque os meus comentarios ao sao colocados directamente no blog ... pode ser?
ResponderEliminarPronto ja te add
ResponderEliminarLindo *.*
ResponderEliminarOla, nao seii se te lembras de que sou! :$
ResponderEliminareste texto deixou-me K.O. asériO! LindOo +.+
beijinhos
Barbara de onde? Conheço algumas, de momento não tou a ver quem és :$ Mas brigada há mesma, de coração mesmo !
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