Foi graças à Téé que nos conhecemos. Vocês já se conheciam, e um dia ela apresentou-nos. Depois quando passavas por mim na escola davas-me sempre dois beijinhos ou quando o tempo era escasso, um grande „Olá“ de longe misturado com um sorriso. Depois disso arranjei o teu número, e mandei-te uma mensagem, a partir daí falavamos de tudo a toda a hora. Estavamos sempre a teclar, bendita Vodafone. Em pouco tempo tornaste-te demasiado importante. Já te chamava de amigo, já te sentia como tal. E tu dizias que eu era especial para ti. A nossa amizade foi crescendo de tal maneira e eu já não podia passar um dia sem receber uma mensagem tua, sem falar contigo, sem te dar beijinhos e abraços. Não passou muito tempo, até me dizeres que eu me tornara na tua melhor amiga, e que não me querias perder nunca mais. Não imaginas as lágrimas que teimavam em cair cada vez que lia mensagens dessas, vindas de ti. Porque tu já eras aquele rapaz querido, aquele amigo dedicado, aquela pessoa que me encantava sempre. Eras tu que me animavas quando algo não corria bem, eras tu que me dizias o quão linda eu era (sempre foste muito simpático :p), o quão valiosa era a nossa amizade... Eras tu! Já te disse milhões de vezes, mas digo-te novamente, se não fosses tu e as tuas palavras não sei o que seria de mim. Seria completamente diferente. Foste tu que fizes-te de mim o que sou hoje. Entras-te na minha vida, numa parte de mudança total, tanto fisicamente como psicológicamente. E tu como eras mais velho que eu um ano, tinhas mais experiência e tives-te sempre lá para me abrir os olhos quando estava prestes a tomar alguma decisão ao qual me arrependeria, tavas lá para me ajudar a levantar quando já era tarde para me segurar na queda... Tives-te lá e isso é o que me interessa! Ainda me lembro de quando eu soube que teria que mudar de país. Faltou-me a coragem de te contar, e tive de pedir à Liana que o fizesse por mim. Ela contou-te por sms numa tarde qualquer de outono, e no instante a seguir mandas-te-me uma a perguntar se era mesmo verdade, se ela não tinha feito uma brincadeira de mau gosto. Eu quase a chorar com pena de ter de te deixar, respondi que sim. Não quizes-te crêr e pedis-te que fosse ter contigo nessa noite, para to dizer olhos nos olhos, como poderia eu dizer que não? Eras o meu melhor amigo, o meu irmão e tinhas o direito de ouvir da minha boca a verdade. Nessa noite, a dor foi imensa. Cheguei mais cedo ao sítio do costume, e a Liana estava lá (como sempre) e mais outro que não me lembro quem era... Estavamos sentados no passeio daquela estradita. As noites tinham-se tornado mais pequenas, e sentia-se o ventinho fresquinho daquela noite de outono. Quando te vejo caminhar na nossa direcção. Cumprimentas-te todos, e mais os putos que brincavam ao longe, e depois pegaste-me na mão e arrastas-te-me para um canto. Só eu e tu, só nós os dois. Fiquei a olhar para ti, sem saber o que dizer, até que perguntas-te se era verdade, se me vinha mesmo embora. Com as lágrimas nos olhos respondi que sim. Era complicado nessa noite olhar para ti nos olhos, com medo do que veria. Não sabia se tinhas raiva de mim, se irias acabar com a nossa amizade, não sabia mesmo como irias reagir e preferi olhar para o chão... e chorar! Como sempre, abraçaste-me. Esses teus abraços tão teus que me deixam sempre a querer mais e mais a cada vez que os sinto. Depois de um longo tempo em silêncio, disse-te o que irias fazer em relação a nós, se irias esquecer-me e arranjar outra melhor amiga. Ofendi-te. Levantas-te-me a cabeça, olhas-te-me nos olhos e disses-te-me que não importaria os kilómetros que nos separassem, nem mesmo se eu me mudasse para outro planeta. Não importava nada! Seria sempre a tua melhor amiga, seria sempre a tua Jú, seria sempre eu, fosse onde fosse. Naquele momento senti uma paz dentro de mim. Estavas a abraçar-me de novo. Adoro quando me olhas nos olhos e dizes que me amas, que amarás sempre. Perguntas-te quando eu partia, e as lágrimas lavaram-me a cara novamente. Limpas-te-as e deste-me um sorriso dos teus, e fizes-te daquela a melhor noite da minha vida ao dizeres-me ao ouvido "Jú eu amo-te, és e sempre serás a minha irmã de sangue, não importa o que aconteça jamais te esquecerei, estarás sempre comigo, aqui dentro. E prometo que ainda seremos muito felizes juntos. Amo-te não para sempre, mas eternamente. E mais uma coisa, quando morrer depois ressuscito só para vir à terra e continuar a dizer que te amo!", não imaginas como me deixas-te com essas palavras. A tua sinceridade é das coisas mais valiosas que tens e eu admiro imenso isso.
Nunca mais me esquecerei dessas palavras, dessa noite, desses teus abraços, dos teus dedos entrelaçados nos meus, de teus dedos a limparem-me as lágrimas... Andarás sempre comigo bem aqui no meu peito. Não importa mesmo o espaço que nos separe, nada é mais forte que a nossa amizade. Ainda me rio ao lembrar-me daquela tarde onde me tentas-te beijar. Querias mostrar-me como se dava um beijo sem tocar nos meus lábios :D tenho saudades das nossas brincadeiras, de quando me fazias cócegas... Tenho simplesmente saudades de ti. A nossa amizade é feita de muito amor, muita sinceridade, muitos sorrisos e de lágrimas também. É feita de mim e de ti. Tudo que vivemos, está bem guardado e jamais será esquecido. E vou fazer o que der e mesmo o que não der, para continuarmos a viver coisas lindas, coisas hilariantes e só nossas, todos os anos quando eu voltar a ti. Quando eu voltar a mim... a nós! Obrigada por tudo meu amor.
Amo-te não para sempre, mas eternamente.
Pigau, meu irmão já lá vão 4 anos (muitos mais virão) ♥
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obrigada a todos, Jú!